Saúde
Campanha contra o sarampo vai até o final de agosto
Baixa adesão dos brasileiros levou o Ministério da Saúde a aumentar o prazo de aplicação das doses
Jô Folha -
A campanha de vacinação contra o sarampo começou no dia 16 de março e teve baixa adesão dos brasileiros. O público-alvo atual são pessoas entre 20 e 49 anos. Segundo o Ministério da Saúde, apenas 4,2% da população desta faixa etária foi vacinada, o que corresponde a cerca de quatro milhões de pessoas. Diante deste cenário, o governo decidiu ampliar o período da mobilização até o dia 31 de agosto, em todo o país.
Nesta quarta etapa, o público-alvo totaliza mais de 90 milhões de pessoas. No Rio Grande do Sul ainda está sendo debatida a questão do Dia D da campanha, mas não houve nenhuma confirmação. A dose distribuída é a tríplice viral, que previne não apenas o sarampo, mas também a rubéola e caxumba. As vacinas estão disponíveis no Centro de Especialidades e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Profissionais de saúde devem receber duas doses. “É muito importante que as pessoas se vacinem. Os dados estão abaixo da expectativa do Ministério da Saúde. Muitos têm medo em razão do coronavírus, mas os locais estão trabalhando com o máximo de segurança”, destaca a enfermeira Cândida Rodrigues, da Vigilância Epidemiológica de Pelotas.
Em crianças e jovens, que foram os alvos das primeiras etapas da campanha, a adesão foi baixa. Um dos fatores que causou esta receptividade abaixo do esperado foi, justamente, o avanço da pandemia. Não apenas a campanha contra o sarampo foi prejudicada, mas a mobilização contra a febre amarela, assim como a intensificação contra a poliomielite, prevista para agosto, entre outras iniciativas de imunização, também foram comprometidas. O Ministério da Saúde ainda está discutindo alternativas para o combate a estas doenças. “Contra a Influenza houve uma mobilização bastante grande. Mas outras doenças acabaram ficando comprometidas, como a febre amarela. Nas primeiras etapas contra o sarampo, o ministério ainda investiu na divulgação, porém o avanço da Covid-19 acabou prejudicando neste sentido. E são imunizações essenciais tanto para adultos quanto para jovens”, afirma Cândida.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa. A enfermidade pode ser disseminada através de tosse, espirro, fala, entre outras possibilidades, de alguém que esteja contaminado. Caso as pessoas não tenham tomada nenhuma dose da vacina, perderam o cartão ou não se recordam da última imunização, deverão receber apenas uma dose. Neste contexto, os pelotenses devem levar seu cartão de vacinação e um documento de identidade para que as dúvidas sejam tiradas UBSs.
A vacina é contraindicada durante a gestação pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado, e a gestação tende a diminuir a imunidade da mulher.
O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, recomenda que mulheres em idade fértil devem evitar gravidez até um mês após a vacinação. Nos postos de saúde as doses estão disponíveis à tarde e no Centro de Especialidades, manhã e tarde.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário